a palavra que se desancora & se
desafia... o que é exposto como destino em nossas mãos é no máximo a
possibilidade de um mapa mal rasurado [e quando muito uma bússola!]
assim escreve-se porque entre tantas coisas há um silêncio, e prossegue-se nesta escrita porque se persegue este mesmo silêncio... a partir dele estão os sentidos, as memórias, os afetos...
não importa o quanto a palavra esteja eclipsada, ela ainda está ali... eis a razão porque continuar; ainda que após auchswitz escrever poesia seja um ato de barbárie [adorno]... ainda que um rio fique completamente seco, há a pedregosidade de algo que nunca se deixa mudo... o pensamento como algo que nos arrasta silenciosamente [um modo outro de buscar esta escrita].
deste silêncio há muito que se falar: a crise da linguagem é mais ainda um motivo pra continuar a escrever... eis mais uma face do silêncio como recolhimento tão necessário à criação [blanchot]... nem tanto uma ou outra língua, mas a correnteza de uma linguagem que nos move o pensamento, a memória e sua siamesa relação com o esquecimento – eis o desafio: o que fazermos com este pensar? resistirmos como testemunha de um naufrágio ou tragédia?
esta escrita persevera em direção a uma fronteira... não importa o caos de um tempo em que se está sempre envolvido, respira-se contra & além dessa existência...
benoni araújo
para aquisição do livro "não por acaso dispersos"
palestras, diálogos & afins:
(91) 99222-5816 ou benoniaraujo@gmail.com.br
assim escreve-se porque entre tantas coisas há um silêncio, e prossegue-se nesta escrita porque se persegue este mesmo silêncio... a partir dele estão os sentidos, as memórias, os afetos...
não importa o quanto a palavra esteja eclipsada, ela ainda está ali... eis a razão porque continuar; ainda que após auchswitz escrever poesia seja um ato de barbárie [adorno]... ainda que um rio fique completamente seco, há a pedregosidade de algo que nunca se deixa mudo... o pensamento como algo que nos arrasta silenciosamente [um modo outro de buscar esta escrita].
deste silêncio há muito que se falar: a crise da linguagem é mais ainda um motivo pra continuar a escrever... eis mais uma face do silêncio como recolhimento tão necessário à criação [blanchot]... nem tanto uma ou outra língua, mas a correnteza de uma linguagem que nos move o pensamento, a memória e sua siamesa relação com o esquecimento – eis o desafio: o que fazermos com este pensar? resistirmos como testemunha de um naufrágio ou tragédia?
esta escrita persevera em direção a uma fronteira... não importa o caos de um tempo em que se está sempre envolvido, respira-se contra & além dessa existência...
benoni araújo
para aquisição do livro "não por acaso dispersos"
palestras, diálogos & afins:
(91) 99222-5816 ou benoniaraujo@gmail.com.br
a estrada aberta
um olhar: a estrada
muitos caminhos & você
bem vindo forasteiro!
um olhar: a estrada
muitos caminhos & você
bem vindo forasteiro!
o caminho se move em você
você se enfia nos sapatos
& os sapatos se lançam na estrada
você sabe de uma verdade
[não há medo de errar]
a sensação de bem-estar
ao ouvir a canção de whitman
cruzando riachos & florestas
agora você sente melhor
o ventos em seus ouvidos
olha o mais longe possível
& segue [ninguém percorrerá
a estrada por você por mim
sim [acredita que a morte
é tão bela quanto a vida
observa o que você absorve
no mundo a sua volta
o ar nos seus pulmões
troca um adeus! por um olá!
menos que um passo separa
a partida da chegada: um olhar
a partida da chegada: um olhar