pão do tédio
velhas mãos modelam o queixo
longa tarde desbotada em sua quietude
no olhar do cão um deserto a perseguir
na estante a beleza calada
como tudo mais na casa
[uma varanda por varrer
um outono por retirar da relva]
esse diário de páginas inúteis
& o amontoar de amargos dias
[vinte e nove de novembro... caros amigos...]
nada leva nada traz
sequer o filho virá esta estação
& provável que nem às próximas
rotas alteradas
o descarrilamento de vez
[a voz do exílio chegando
sob o lodo de tua boca]
sua vista oculta pelo silêncio
seu tosco coração aquecido em sopa
em nada lembra o vigor de sua escrita
agora move-se entre rasuras & nada mais
a náusea de um canto escuro & mudo
um amor fechando-se em sílabas
sequer o filho virá esta estação
& provável que nem às próximas
rotas alteradas
o descarrilamento de vez
[a voz do exílio chegando
sob o lodo de tua boca]
sua vista oculta pelo silêncio
seu tosco coração aquecido em sopa
em nada lembra o vigor de sua escrita
agora move-se entre rasuras & nada mais
a náusea de um canto escuro & mudo
um amor fechando-se em sílabas
velhas mãos modelam o queixo
longa tarde desbotada em sua quietude
no olhar do cão um deserto a perseguir
na estante a beleza calada
como tudo mais na casa
[uma varanda por varrer
um outono por retirar da relva]
esse diário de páginas inúteis
& o amontoar de amargos dias
[vinte e nove de novembro... caros amigos...]
nada leva nada traz
sequer o filho virá esta estação
& provável que nem às próximas
rotas alteradas
o descarrilamento de vez
[a voz do exílio chegando
sob o lodo de tua boca]
sua vista oculta pelo silêncio
seu tosco coração aquecido em sopa
em nada lembra o vigor de sua escrita
agora move-se entre rasuras & nada mais
a náusea de um canto escuro & mudo
um amor fechando-se em sílabas
sequer o filho virá esta estação
& provável que nem às próximas
rotas alteradas
o descarrilamento de vez
[a voz do exílio chegando
sob o lodo de tua boca]
sua vista oculta pelo silêncio
seu tosco coração aquecido em sopa
em nada lembra o vigor de sua escrita
agora move-se entre rasuras & nada mais
a náusea de um canto escuro & mudo
um amor fechando-se em sílabas
5 comentários:
As palavras latejam em nós e por elas (ou através delas) nos libertamos, nos revelamos de forma sutil, imperceptível, apenas para quem se dedica a nos encontrar através do nosso sorriso sempre feliz ou de nossos olhos sempre brilhantes...a quem se dedique a ver além, em nosso âmago, vislumbrar a nossa alma...É quase um grito de: Essa sou Eu, a verdadeira.Quem encontrar encontrará um tesouro cujo mapa se perdeu ao longo dos dissabores da vida!!!.
Benoni, amo os teus Não por acaso dispersos. São fabulosos. É mágica a maneira como usa as palavras (ou elas te usam).
Bjs 1000!!!
Rosemira Guerreiro
www.rguerreiro.blogspot.com
Tempo e Espaço. O que é isso, exatamente???
Excelente texto, Benoni. Para ler e refletir.
Parabéns.
Abraços,
Conceição
Prometi que te deixaria um recado, no dia do workshop lá na ufpa...
Espero que o lançamento do seu livro tenha sido bom, Benoni. Realmente não pude ir.. Um abraço da Jordana
parece um auto-retrato. não sei se seu ou meu ou daquela mulher ou daquele estranho...
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